quinta-feira, 24 de julho de 2008

Comprei um controle remoto universal

Mas não consegui fazer com que ele funcionasse para o que eu queria. Eu so queria aumentar o volume. Configurei o querido, ele liga, desliga, muda o canal, abre o menu, funciona pra TV, DVD, Home Theater... pelo visto so pra volume mesmo que não vale. Não se pode ter tudo o que quer.. ou a gente so quer o que não tem... vai saber o que vem antes. Me deu muito no que pensar esse controle, grande ironia as coisas as vezes não funcionam apenas nos aspectos mais simples e que são justamente os fundamentais (tem um filminho sobre isso neh, controle remoto e tal, e parece MEGA idiota, mas vale a pena)... alias, tenho pensado muito ultimamente, preciso parar com isso e como diria minha irmã “manter o centro” (não seria encontrá-lo primeiro)? Ou como diria meu irmão: “ser prático e dar a paulada de uma vez só do que ficar sofrendo em prestacoes”). Ta, talvez eu devolva o controle se me derem meu dinheiro de volta, mas não vou quebrar a televisao! Sim! Eu tenho uma televisão, TV a cabo – coisa que nunca tive nem em casa – Internet no meu quarto – FINALMENTE (o que não fará com que eu passe mais tempo conectada, pelo contrario, preciso focar).
Dando seguimento ao assunto do ultimo post... eis que semana passada alternou mesmo e foi a semana da motivação. Decidi não esperar mais (pelas outras opções, pelo suporte financeiro, pela melhora do clima) e fui fazer minhas primeiras aulas de alemão com uma professora particular (mas não encerrei a busca pelo curso). Comecei a falar qualquer coisa com os meus colegas (inclusive os comentários mais absurdos e fora de conexto), depois de quase um mês eu descobri alguns que pegam o trem comigo e não tem como descrever a felicidaaaaaaade de poder proferir umas palavrinhas, obter resposta e ainda entender (mesmo que seja na sexagésima vez que a criatura repete). Cheguei também à conclusão de que pra quem estudou essa língua MEGA SUPER HIPER ULTRA MASTER PLIC PLOC difícil (pra dizer o mínimo) pelo tempo e quantidade que estudei eu ate estou me saindo muito bem e acho que fazendo um bom trabalho porque a fabrica continua funcionando, os sapatos continuam sendo produzidos e as pessoas continuam me enchendo de coisas (cada vez mais e das mais variadas).
Resolvi então que essa semana de motivação não alternaria mais e fui buscar também a integracao. Na quinta-feira a alemoada da Aiesec sugeriu um vôlei de areia (chovia aos cântaros), mas eu fui neh... preciso entrar na onda de topar qqer coisa, carimbei a carteirinha da Funai e simbora... caraaaa! Me dei mega bem!! Era “indoors” num mega ginásio, varias quadras, trilha sonora a la “pe palito” com direito a Tribalistas e tudo uuuuhhhh... na seqüência fomos comer um Dönner (hihiii, colocarei como vulgo xis, mas bom pra caramba, agora importante: não olhar muito para o bolo de carne da onde sai o recheio do biriri) e tomar uma cevinha (de canto).

p.s.: enquanto escrevo ouço (o minimo volume) a minha tv e acaba de dar uma propaganda do Activia (e eu entendi) – aquele iogurtinho que se presta a fazer com a galera suje a louca, sabem? Pra fazer coco mesmo! – e aqui eles também devolvem o dinheiro se não funcionar.... e devolvem em Euros... hummm, alguém já participou disso e sabe como se faz pra pedir grana de volta?

Falando em grana: Lavei roupa ontem novamente. Dessa vez comprei 10 euros em fichas (doeu) e me fui (tava feia a coisa). Coloquei minhas cinco fichas e não conseguia fazer a maquina funcionar... mas não prolongarei neste assunto. Chegou um rapaz de não lembro agora onde e me deu váaaaarias dicas (alem de ligar a maquina pra mim – era so fechar a portinha, sem comentários). Com três fichas, se a roupa não estiver muito suja, da pra fazer duas lavagens curtas de 30 minutos, mas tem que ficar controlando o tempo, não pode largar a roupa la e esquecer, mas ta valendo.... só pra comprovar que nos pão duros que trabalhamos unidos lavamos mais roupas e por muuuuito menos unidos.. e viva a economia!

Buenas, faz tempão que não escrevo e to cheia de coisas que eu queria falar, mas ta ai outra coisa que preciso aprender a dosar com meus estudos. De toda forma não posso deixar de falar do findi. Pra quem não sabe ou não se deu conta, no sábado, dia 19, completei um mês de Alemanha. Não podia deixar “passar em branco”, então humildemente fui comemorar na Loveparade, a maior festa de musica eletrônica do mundo, que “por acaso” aconteceu esse ano aqui na “minha cidade”. Admito que muito antes de vir pra cá eu já tinha vontade de ir nessa festa, então rolou o preparo, tudo nos conformes, medida certa e lá me fui.
Quem me conhece um pouco ao menos sabe que sou ansiosa e tenho baixíssima tolerância à frustração e deve ter sido os meus exercícios com a minha chuchu morango “sem expectativas, sem expectativas – repetidos 10.853,25 vezes entre POA e Cidreira enquanto tentávamos nos convencer de que elas só existiam para serem frustradas – mas funcionou uma beleza que só.
Quem me conhece sabe ainda que sou relativista, inclusive muitas convesras – e não chamarei de discussões – tive eu com deterministas que tentaram me provar por A+B e com fundamentações teóricas de grandes pensadores como eu estava errada. Relativista eu, não acredito em verdades absolutas. Então pode ser que sim, pode ser que não. Tudo isso é pra dizer que a festa foi um espetáculo!! Eu me diverti pra caramba, não poderia ter comemorado melhor, ou sim. Acho que não existe algo que não pudesse ser ainda melhor ou ainda pior do que de fato é. Então, antes que a crítica aqui comece as suas observações, eu estava lá, teve um mega show de luzes e fogos no final (tudo devidamente registrado), tocaram músicas que eu adoro e a humilde festinha que era pra durar das duas da tarde à meia noite, me conduziu pra casa às seis ou sete da manha. Todos os amigos foram muito lembrados, experimentei por diversas vezes uma saudade “boa” , não triste, apenas imensa vontade de ter varias pessoas comigo para poderem ver o que eu estava vendo e sentir o que eu estava sentindo... e isso soh da mais animo pro reencontro hehehe
Mas.... claro, sempre tem o mas... nem tudo são flores. Um milhão e seiscentas mil pessoas numa avenida de uma cidade de 500 mil habitantes, o tempo não colaborando (desde que eu cheguei foi a única semana que choveu TODOS os dias e depois de alternar sol e chuva, calor e frio, virou inverno os dias TODOS, literalmente.). Experimentei essa amostra do inverno alemão e garanto: não gostei. Apesar da motivação, tentativa de “enturmar” e o diabo a quatro, foi incrivelmente perceptível o mau humor e ate nostalgia ou tristeza mesmo dria eu que brotaram do meu ser ate ontem.
Olha o foco: Loveparade. Pois eh, o tempo sacaneou (tomei um banho de chuva desgraçado e frio frio frio, não firmo L), na segunda-feira acabei ficando depois com uma baita dor de garganta que so agora começa a melhorar. Eu diria que a organização do evento deixou MUITO a desejar, a alemoada não eh forte nas quebradas – como pode uma festa de eletrônica com puta estrutura estar marcada pra terminar à meia-noite... e pior: de fato terminar à meia noite?!?
E mais do que tudo: ETA GENTE BEM NERVOSA!!!! Era um empurra empurra, falta de banheiro (nem comentarei o que foi preciso fazer.. como diria o ditado “uma mulher tem que fazer o que uma mulher tem que fazer” – ta, não eh bem assim, mas quem entendeu entendeu).
E eu vi muito mais gente, que deve ser muito mais calma do que eu, perder as estribeiras. Definitivamente o espírito germânico não da trégua nem “na vibe universo paralelo”.
Pra isso tudo tirei do bolso o sentido completo de “fazer festa” e fiz a minha festa, dancei, apreciei a infra, conheci um pessoal mega massa, muito bem acompanhada passei, dei pernada pra variar. A coisa foi tão massa que acabei no domingo as oito da noite catando uma reba de musica eletrônica e pessoas dançantes pra fecharem o findi comigo. Encerro dizendo que tudo que encontrei foi beeeemmmm legal, abaixo de chuva ou não. E viva aos exercícios de manter baixas as expectativas (ou então eh muita coisa se passando mesmo que nem deu tempo de ficar antecipando... vai saber...).

Depois de tanta felicidaaaaaade, voltar ao trabalho na segunda (ainda por cima doente), com o inverno do caramba, correndo pra pegar bus e trem e isso e aquilo e se atrapalhando a torto e a direito, as coisas começaram a decair um tanto. Começou a desmotivar e ontem eu decidi conhecer pessoas (a integração ainda non ta do meu agrado). Comecei a ficar nervosa, algumas coisas parecem por vezes não fluir muito bem, mas quando se entende que o esforço vai ate certo ponto, depois a gente so tem é relaxar e esperar que o que tiver que vir virá, as coisas mudam de figura:“Tudo é uma questão de manterA mente quietaA espinha ereta
E o coração tranqüilo”
Eu acrecentaria a “cabeça aberta”.
E eu que já tava querendo surtar de novo levei mais um cala boca (e dos grandes). Começou com a minha lavagem de roupa. Consegui a ajuda do cara la, já peguei varias dicas de onde ir, com quem falar, o que fazer etc e tal.
Coloquei ordem na casa (fazendo valer o “de fora pra dentro” agora) e isso me acalmou. Desci buscar as roupas e quando to entrando no quarto chega o meu “vizinho ao lado”. Alias, tinha tanta gente pelos corredores ontem, como nunca teve em todo o tempo que estou aqui.
Ele me perguntou se eu era espanhola e eu disse que era brasileira e bla bla bla. Ficamos conversando e descobri que o cara era Marroquino e estudava aqui. Já tava quase crente de que tinha um amigo quando ele me disse que tava indo embora “amanha de manha” (ou seja, hoje). Mas... ia rolar um biriri num bar aqui perto e os amigos todos iam e me convidou. Juro que pensei (pela integração, tudo unicamente pela integração) mas eu tava mal (garganta), podre de sono (dormi na frente do computador no trabalho e passei o dia inteiro sendo sacaneada pelo “coordenador” – ate pro chão de fabrica fui) então não ia rolar. Eis que mais alem o tal bate aqui e disse que realmente não ia mais rolar, que ele não tinha conseguido acabar de arrumar as coisas e tal... blz, fui dormir. Três e meia da manha a campainha toca incessantemente. Depois de uns cinco toques achei que iam desistir, mas não. Toda estrupiada fui abrir a porta. Perguntei umas quantas vezes quem era, mas nem ele e nem eu estávamos no mesmo mundo e quanto menos falávamos a mesma língua. Acabei abrindo a porta (depois de imaginar umas tantas situações e quase nenhuma pessoa possível de estar batendo) eu bêbada de sono, ele duro do trago: era uma amigo do vizinho achando que meu quarto era o do marroquino... quem mandou querer integrar?!?!
Eis que, agregado a isso, rolaram mais um contatos e nem vem ao caso entrar em detalhes, mas agora eu paro com as 10.853,25 coisas para ir la encontrar a minha amiga nova (que nunca vi) e tomar uma pequena cerveja ;) Eu chego la.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ok, ok... sem comentarios sobre o funcionamento da maquina de lavar... Risada pode?! Hihihihihihi
Eh isso ai chuchu, sem expectativas, elas so servem pra serem frustadas. Em agosto to por ai pra uma visita, vem fazer a tua tambem!!!
Mega saudades!!
Te Amoooooooo

Anônimo disse...

Oi querrrrida!!!!!!!!!!! Acho que só vale comentar que na circunferência o centro pode ser o todo, e se esse comentário for estúpido e estiver errado, não importa, viva a relatividade e a tua capacidade de afirmar o novo e a vida, te amo. Marta