segunda-feira, 30 de junho de 2008

Como enriquecer na Alemanha

Se os Estados Unidos eh considerado a terra das "oportunidades" (oportunidades infinitas de comprar e comprar e comprar o que eh necessario e nao - tendo esse ultimo prioridade), eu elegi isso daqui, em termos economicos, como a terra dos balaios. Ja dizia uma vez eu adoro um balaio, me relaxa. E moca muito economica que sou (sou sim!! passei a semana e o findi inteiro com apenas €20 - tirando os €48 do passe de trem, mas isso nao conta! hihiii). Hoje ainda degustei uma belissima refeicao no RU (dessa vez eu fui no frango e me dei bem!), por apenas €1,85 (e consegui almocar sozinha)!!!!

Das minhas compras nas Europia:

1 par de sapatos (de atitude) - €0,90, sim, noventa centavos (ficou um pouco apertado, mas meto algodao e band-aid e saio bem faceira);

1 par de chinelos - €1,00, arrebentou no meio do caminho, tive que voltar pra casa de pe no chao, soh curtindo a troca de energias com a terra (e ainda dizem que nao sou positiva);

1 guarda - chuva - €1,00 - ainda nao estragou, mas tambem ainda nao usei... eh que toda vez que eu abro para de chover;

1 bolsa (agora vou bancar a pati em mim - da puma ui ui ui) - €9 (e isso foi a unica coisa que comprei em uma MEGA promocao que tinha pela cidade... e me defendo dizendo que comprei por necessidade de apresentacao profissional, colou?);

1 blusa - €5,00, ta, essa foi cara e nao consigo encontra-la em lugar nenhum

Inventei entao de comprar tambem um lap top, coisa que ja queria ha horas e me permitiria ficar mais "perto" dos amigos (internet, coisa e tal) e uma maquina fotografica digital que nunca tive. Nao entendo muito dessas tecnologias, configuracoes e apetrechos, mas no final das contas conclui que tinha feito bons negocios e muito satisfeita me vim para Dortmund.
Eis que ca chego, toda equipada. Nada de computador pra mimzinha (ZERO internet - sigo usando a da aiesec). Esqueci o cabo de energia do computador e o cabo para descarregar as fotos da maquina. Detalhe: comprei em Bonn.

Ok, as vezes o barato sai caro.. mas nao me mixarei pra esses cliches-ditos-populares. E sigo relaxada (uuuuh, veja la veja la).

Sobre o enriquecer: cortador de cuticula, esse eh o canal.
Depois de procurar por 10.853,25 dias e em 10.853,25 lugares eu encontrei: €50
nao pude. Mais um pouco e cheguei a €23. No finakl das contas e muitos dias depois consegui por €14, mas ta mais pra facao.

Sobre o tempo

Agora entendi o clima, literalmente:
- acordar: entre 6 e 8 da manha: inverno, frio do caramba, nao sair escancarando a janela
- sair do banho neste mesmo intervalo: ligar o aquecedor
- dar banda na rua: entre 9 e meio dia: colocar um casaquinho (se pa ate uma manta rola) - nao esquecer o guarda-chuva
- almocar: entre uma e tres da tarde: colocar a roupa de verao
- pegar uma cor: entre 4 e 6 mais ou menos: calor dos infernos
- sair pra noite: entre 9 e 11 horas: recolocar o casaquinho...
... friaca na madrugs e comeca tudo de novo.

domingo, 29 de junho de 2008

Mas nem tudo sao rosas...

... por aca.
Parece tudo muito lindo, enfeitado e feliz, mas cada uma que me acontece:

1 - continuo sem lugar certo pra morar e pelo visto, aonde quer que eu caia, vou levar no minimo uma hora pra ir e voltar do trampo todo dia... sobe, desce, sobe, desce, sobe e desce sem parar... (dos trens e buses, bocos).

2 - nao tenho panelas pra cozinhar (alias, quem me conhece sabe que muito longe de ser fresca estou, mas ahhhh, a cozinha desse alojamento eh nivel medo, soh de entrar ja se deve pegar algum tipo de infeccao). Detergente e esponja nem se fala, estou restrita a um mini prato, um copinho, uma faca e um garfo que lavo na pia do banheiro e seco com o papel higienico.. ja falei que papel higienico eh beeem grosso por aqui?! hihiii comeco a entender porque

3 - esquentar agua entao foi missao impossivel... la nao tinha como, entao peguei meu "cup nuddles" (resumia-se nisso minha janta), uma garrafa de agua, o copinho, atravessei o campus e vim para o escritorio da aiesec para ferve-la. No meio do caminho me dei conta de que nao havia pego garfo... ah, azar, ja era dez horas da noite, mas continuava dia... (foda mesmo eh ir dormir num sabado de noite quando as dez horas comeca o "final da tarde"). Fervi a agua, botei no copinho, guardei tudo na sacola e iniciei meu caminho de volta, rezando que ficasse pelo menos morno ate chegar em casa. Quando fui comer, por nao ter misturado essa porcaria, a massinha tava toda dura.. nao teve erro, meti igual... era o que a casa oferecia... anotacao mental 10.853,25: precisarei a prender a cozinhar e a me organizar com qqer cozinha de qqer forma, questao de sobrevivencia. (ah, ja solicitei panelas e um fervedor de agua).

4 - Lavar roupas pra que? Simplesmente esqueceram de me avisar onde ficavam as maquinas e que eu deveria comprar fichas. Detalhe: soh funciona dias de semana... lavo loucas na pia do banheiro e roupas no chuveiro.

5 - Poderia seguir a serie, mas hoje de manha fiz uma que chocou e mim mesma: me preparava pra sair, dar outra banda pela cidade (procurar desesperadamente um cortador de cuticula.. sera que eh muito caro mandar por correio?!?). Pensando em mil coisas, fui me botar apresentavel para o dia germanico: com toda a vontade do mundo, pensando na longa caminhada que daria e no suor que poderia aparecer (afinal de contas amanhece inverno, faz verao de tarde e chove de noite - socorro!), coloquei meu perfume com toda vontade no sovaco.. mas enchi mesmo! desodorante pra que? Que fique la naquele canto escuro. Me calo.

ah nao, soh mais uma, hoje a tarde ainda procuro um quarto novo...

e pq nao causar?

Ainda sobre a festa de sexta esqueci de comentar: como moro praticamente em outra cidade, acabei sobrando pro ultimo motorista da festa me trazer em casa. Foram todos embora, inclusive o chefe - que por sinal nem sabia que dia eu comecava, onde eu estava ficando, nao deve saber o que vou fazer e se pa nem imagina como e porque vim parar aqui. Fiquei "conversando" com outros dois alemons que iam na mesma carona. Borrachos que soh, se entender alemao normalmente ja eh foda, na base do "eu xi te acho mito gente, paxi" eh pra fu***.

Voltando a(queria uma crase aqui) festa. Dois vovos acompanhavam o baile. Os mais antigos da empresa, ja trabalhavam la na epoca do pai do meu chefe (que ja perdeu a galetude faz tempo, diria eu). Resumindo: quase mumificados, mas firme e fortes nos schnapps. La pelas tantas nem se mexiam mais, sentaditos, me perguntava eu se ainda respiravam, pareciam mumificados. Quando vejo os dois singelos se levantam, vao ate o buffet novamente (e eu achando que ia sobrar HORRORES de comida, jesuuuus, tinha pra um querbs em uma noite soh). Que nada, mas se atracaram nos salgadinhos e ainda analisavam e comentavam sobre a culinaria... o que dizer a essas alturas. Quando a situacao ja estava comica o suficiente, um deles pega umas duas ou tres lingucas e enfia no bolso. Agora que tinham levantado e ja demosntravam capacidade de locomocao me perguntei: seriam as lingucas para impressionar as gatinhas ou pra larica basica mesmo... vai saber...

E falando em larica, mais um aprendizado e anotacao mental: em festa que se preze a janta fica disponivel ate o final, funciona.

Andava eu de trem ontem pela cidade, tentando voltar para casa, ouvi um grupo de pessoas falando e subitamente eu podia entender TUDO! cara, pensei comigo mesma, "introjetei" o idioma sei la eu como, esse negocio funciona mesmo. Paro pra prestar atencao melhor, era um bando de portugueses, la se foram meus sonhos infantis, acho que requer mais dedicacao, vou ter que estudar melhor esse tal de alemon... devo ter me distraido (o que raramente me acontece) e me perdi pela primeira vez. Peguei o trem errado, sei la eu onde fui parar.. mas ja que tava feito mesmo fui curtindo a paisagem. Acabei achando meu caminho de volta. Peguei o trem certo entao, mas desci na estacao errada. Sai a perguntar no meu alemon espetacular, como chegar na universidade. Caminhei, caminhei e caminhei mais ainda... info pra ca, info pra la, me apontaram um atalho... soh nao lembro como entendi que era essa a proposta. UHHHHH, que atalho, sai no meio de um campo de trigo, com uma baita visao da cidade e la fui estrada a fiora, me sentindo a propria camponesa feliz. E como pateta sigo sorrindo pra tudo.

E se no atalho fui de camponesa, pro centro da cidade devo ir de maria-chiqueinha, tem um parque de diversoes espalhado por la... ainda ando na roda gigante comendo maca do amor.. hihiii e pior, vou achar bem bonito porque eh do lado de ca, eta chinelagem.

sábado, 28 de junho de 2008

Nas quebradas as barbadas

Entao que a tal "festinha" da empresa foi num castelo que nem tenho como explicar ao certo como era (aprenderei a postar fotos, juro).

Posso nao ter casa definida, nao ter desfeito as malas ainda, mas to entrando no clima. Por sinal isto eh muito significativo, o que mais quero agora eh poder desfazer as malas, me estabelecer em algum lugar e literalmente colocar a casa em ordem. Vou seguir na procura, mas as coisas parecem se encaminhar para que eu fique mesmo no campus da universidade. O que tenho hoje eh isso: um quarto em um predio dos estudantes dentro do campus. Ontem fui dar uma banda pela primeira vez na cidade, aprendi a pegar alguns trens e onibus, mas carrego sempre meu mapa e caderninho, parece muito impossivel de se situar entre tantos bairros, paradas, nomes, ruas... o "aieseco" que me levou para fazer o reconhecimento da area me olhou chocado enquanto eu ia anotando todas as paradas e subidas e descidas e trocas de conducao (que nao sao poucas, eh uma tal de einsteigen pra ca, umsteigen pra la e alsteigen acola - ou algo do tipo, e essas sao apenas as definicoes do processo).. me diz sorridente "pra quer anotar, tu tem uma cabeca tao boa". Ra.

Mas e que quando chego para comprar meu passe mensal de conducao, descubro que ha uma "promocao de ferias": de agora ate 10 de agosto, por APENAS €48, eu tenho um "tiquet" que me da livre acesso a diversas cidades dentro da Alemanha, ou seja, pelo menos meu direito de ir e vir esta garantido. Se eu estiver entediada amanha, ou se pa agora de tarde, vou ali em Düsseldorf ou Essen, talvez Köln, ai nao sei ainda, que tedio. Hihihih, vou me dar bem.

RU - a volta dos que nao foram. Para quem nao sabe cozinhar ate que to me organizando bem.
Faltava 1 minuto literalmente para eu sair do escritorio da aiesec, computador desligado, bolsa arrumada, mas pra variar, por algum motivo, a Patricia se enrolou. Bem feito. Me aparece um guri, de alguma Aiesec de qualquer raio de cidade aqui por perto e fica querendo bater papo... eu disse que precisava ir almocar. Brilhante ideia. O rapaz perguntou se eu me importava se ele fosse junto (nessas horas devo ser sincera?). Preferi ser educada, dentro da medida do possivel. Nao absorvi palavra do que a criatura disse, de quem faco a menor ideia do nome. Ah, nos aqui na Alemanha nao somos assim tao sociaveis hehehe.
Seguimos para o RU, e descobri que por €2,50, em media, posso comer de verdade. (e va batata, minhas bochechas ja estao inchadas... ou seria a deutsch bier que eu soh provei?).
Fui sorridente me servir, paguei, sentei meio irritada com a companhia que nem almocar ia, era um enviado para me testar a paciencia (rodei) e acho que soh por vinganca, por eu estar sendo tao "antipaticazinha", me botei a comer e senti um cheiro desagradavel. O amigo logo comecou a me falar sobre o tipico peixe alemao que eu tinha pego. URGH!!! So podia estar estragado, me detive nas batatas.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

De como eh dificil abrir portas

Abrir portas na Alemanha eh uma coisa muito complicada. Requerer foco, paciencia e pesquisa, muuuita pesquisa. Deve ter curso tecnico e universidade pra isso. Nao falo da metafora "abrir as portas", eh literal. Passei dias sofrendo com essas portas "pesadas" que eu insistia em puxar e empurrar com muito esforco. Depois da empurrada, elas pegavam no tranco e dai iam sozinhas... bem achei uma tecnologia muito estranha. Dois dias atras descobri que as malditas possuiam uns MEGA botoes (mas bem escondidos) que precisavam ser apertados e tchan tchan tchan: as portas se abrem sozinhas, automaticamente. eta primeiro mundo, espero que a metafora siga de acordo.

Nunca torci tanto em um jogo de futebol. Na quarta-feira eu e meus deutsch friends fomos para um bar, apos eu ter ido ver um apt nivel medo e ter dado uma banda na cidade (tem rinocerontes alados por todo lado!) assistir a semi-final do campeonato Europeu. Quem me conhece sabe que nao acredito em futebol, mas okay, seguia eu na causa do estudo antropologico. Detalhe, o jogo comecava quase nove horas da noite, eu havia sido semi-arrastada (alias o que tem acontecido desde que cheguei em Dortmund, tirando meus momento de internet e busca por um quarto novo) o dia inteiro e meus olhos nao paravam abertos de jeito nenhum. Uma cervejinha nao colaborou e eu nao podia mais controlar o sono. Torci o tempo todo para que o maldito marcador chegasse aos noventa minutos. Um pouco antes disso o jogo empata (cinco minutos antes?). Me tornei a torcedora mais fanatica quando um amigo me olhou e disse "acho que teremos que ficar mais um pouco". Prorrogacao? penalts? sei la, nao entendo dessa ****, mas ai sim. Me possui, tirei forca do dedao do pe (que pequeno nao eh, entao deve ter reservas suficientes) e gritei, aplaudi, mandei correrem, pelamordedeus eu soh queria um gol... e veio! obrigada senhor. anotacao mental: assistir a um jogo de futebol carrega a mesma carga de diversao em qqer lugar do mundo e requer um melhor preparo psicologico da minha pessoa.

No meu primeiro dia em Dortmund fui levada ao super. A Aiesec pagaria minhas primeiras compras. Nada de alcool obviamente. Dias depois alguem vem me comentar que tinham dado muita risada da minha cara, porque a primeira coisa que peguei foi uma tal de Bier Wurst, algo tipico aqui (alias ficaram chocados com minhas compras que consistiam apenas em comidas prontas e enlatados, acho que manjaram que de culinaria eu nao entendo). O tal Wurst era um lance la de carne feito com ceva (pra mim parece mortadela).
Me digam agora que nao existe instinto?

O papel higienico eh muito grosso aqui e quem esta sozinha e ainda nao devidamente instalada, obviamente nao possui todos "apetrechos" necessarios para viver. Me faltam itens de limpeza, panelas, comida decente, cabides e guardanapos... fiz um sanduiche, queria enrolar em alguma coisa para colocar num saquinho "zip-lock" e trazer pro escritorio...
O papel higienico eh muito grosso aqui.

SOFRO MUITO NESTA TERRA, nao sei mais o que fazer. Meus primeiros dias ja foram em bonissima companhia, ajudas pra ca, ajudas pra la e apesar da desorientacao tudo se encaixando. Eis que recebo um convite do meu futuro chefe para uns "eventos" da empresa. Ao telefone ele fala algo sobre uma reuniao.. ai ai ai, achei que ja tinha mifu mesmo antes de comecar a valer meu contrato. Pois entao ontem me vou para a empresa. Detalhe: vieram me buscar. Cheguei la, fui apresentada ao pessoal - se dizem que os alemaes sao antipaticos e sisudos, eu definitivamente ando conhecendo as pessoas "erradas". Apos breve reconhecimento da area geografica da industria pegamos varias carros de galera e fomos para uma cidade proxima. O que rolou: tour de bus (tecnologico) pela cidade, fomos parar mo meio de um campo com moinhos que me deixaram de queixo caido, nivel sair correndo gritando pelada. Descemos e nos aguardava um passeio de canoa. Ta, os remos quase me mataram, mas fomos em 10 canoas e la pelas tantas ate banho rolou. Surreal, um cachorro do alem nos segui pelo riozinho e tivemos a brilhante ideia de coloca-lo dentro da canoa, bem na minha frente.. o que faz um cachorro molhado para se secar? Pois eh, umas quatro vezes...
Depois disso, risadinha pra la, fotinho pra ca e quando eu estava pronta pra ir embora... um "grillen" num restaurantezinho pra fechar a noite (versao deles pro churras). Buffet, batata com batata (literalmente comi), varias carnes, sobremesa... nao preciso dizer que a cara-de-pau tirou a barriga da miseria (tambem, andava eu numa media de uma refeicao por dia, dificil se alimentar em euros, nao sao mais as calorias que pesam). Me servi umas quantas vezes, tive que tomar uma cervejinha (chocada eu de fato com o que eles tem aqui, eu sempre ouvi falar, mas eh pra la de bom... mas soh pra fazer a social mesmo).
Quando me traziam pra casa ja fui (re)convidada para uma festa nesta singela noite de sexta ("parece que vamos ter coqueteis" me disseram, veremos...). E planos futuros para conhecer a noite do lado de ca... buenas, esse meu emprego ta me matando... agora soh falta comecar. E viva o endomarketing para quem sabe fazer de verdade! Isso ainda vai render.

Borala que hoje ainda procuro casa hihihiiiii

terça-feira, 24 de junho de 2008

Um mes depois...

Obviamente meus posts por hora (ou pelos proximos meses, ainda nao sei) nao terao muitos acentos. Vou ter que ser breve novamente e desvirtuar um pouco o foco desse meu blog, mas mando noticias para voces. Neste momento estou no comite da Aiesec pois ainda nao tenho internet, apesar de ja estar aqui "ha quase um mes". Em visita a Bonn, hospedada eu na casa do Marcelo, tive tambem a honra de encontrar minha amiga Cami e o namorado Norbert. A cidade eh linda, este lugar transpira historia e cultura, muita coisa pra ver, eu acho que poderia ficar dias e dias e mais dias so andando pra la e pra ca (de fato os livros sao baratissimos, detalhe que pra ler eu acho que ainda levo mais um mes - se o livro for auf Deutsch... mas to sprecheando como posso, e tal qual india sigo no alles blau) ... bizarro mesmo eh o clima. Sente-se numa praca em um lindo dia ensolarado, sem capuz e sem guarda chuva e eh soh aguradar pelo banho, MENOR sentido. Entao fiquei por la de quinta passada quando cheguei, ja me atrapalhando toda pelo aeroporto de madrid e frankfurt, ateh ontem quando peguei meu rumo aqui para Dortmund. Obviamente ja dei uma causada pelas Europia, tomei umas Deutsche Bier e to lidando com a friaca na barriga de estar do lado de ca. Nos primeiros dias tive direito a discurso com dedo em riste a respeito do meu cartao da grana. Estavamos tentando comprar uma maquina fotografica e nao havia jeito de fazer o maldito funcionar. Eu ja tinha tentado outros lugares. Fomos em vaaaarios bancos e nada. Mas furiosa fiquei, onde ja se viu? Todo meu dinheiro bloqueado? Ligeui para a central da Visa, mas descasquei o pobre operador que me disse singhelo "senhora, este cartao nao funciona pouis nao foi efetuado desbloqueio"... uuuuuhhhh, ah, eu tive pouco tempo pra me organizar neh, ia eu lembrar desse "detalhe"? Baixei progressivamente o tom de voz, mas mantive a firmeza.. okay, agora ja tenho minha maquina e espero em breve poder colocar fotitas aca.
"Minha" primeira tentativa de lavada de roupas foi um desastre, nivel choro literalmente. A culpa nao foi minha, mas acabei na pia do banheiro lavando tudo a mao tentando restaurar as cores reais. Bom... comecei toda questao revendo meu conceito filosofico sobre a cor verde, tons pasteis etc e tal e decidi (por falta de opcao) que verde vai combinar com essa minha nova fase. Primeiro aprendizado: eu ja sei tingir roupas.
Ontem a noite ja fui numa "Latin American Evening" com o pessoal da Aiesec (a pessoa vem pras Alemanha pra pegar festa tematica Latino Americana... ta, mas eh orgulho). Era uma "semi-festa" tematica dos universitarios, com direito a drag e tudo, eta alemoada bem estranha. Meu "padrinho" eh uma cara de Camaroes, beeeem querido.. entro no quarto dele para usar a internet e la estao mais duas amigas ouvindo "O senhor eh meus pastor... la la la"... uhhhh.
Biblias por todo lado e eu no meio sorrindo, com noh na garnganta, cara de ponto de interrogacao e sem lugar para morar..."... falando nisso, parto para minhas buscas, afinal de contas em, algum momento precisarei desfazer minhas malas.

domingo, 22 de junho de 2008

Venho por meio deste fazer minha primera manifestacao aqui das Deutschandia. jesuuuuuuusssss cristo, acho que vou levar ainda mais uma semana pra aprender esse idioma, mais dificil do que eu imaginei. Meu acesso a internet ainda esta um pouco restrito. Me encontro no estado literal de 'to chegando agora', ainda nao na minha cidade e nao sei onde vou morar. Assim que eu me estabelecer escreverei melhor e com mais calma. A viagem foi MEGA tranquila, consegui adiantar voos e cheguei umas quatro horas antes do previsto.
Ja tenho vaaarias pra contar... mas agora preciso ir.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Teaser

Pierre continuava em ZERO manifestações, mas... MAS Maxwell apareceu. Serge Maxwell.
Pierre veio logo em seguida.

Toscos

Ainda quero postar sobre nosso causante churras de sábado e contar, já agradecendo minha querida Lubba que só se f*** comigo (sentido figurado), como isso acabou com a síndica nos acordando no domingo... mas tudo isso fica pra depois, faltou tempo... (pra variar).

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O que eu faço sem você agora?

Espero crescer...

Pensei em começar contando que hoje lia sobre a amizade entre Duchamp, Picabia e sei-lá-eu-mais-quem, quando em certo ponto o autor refere-se à “crise existencial precoce” de Picabia aos 32 anos e penso eu: “precoce”? Aí poderia discorrer sobre crises existenciais. Pensei também talvez fosse parecer cult tal leitura, procuraria no google o nome do “sei-lá-eu-mais-quem” e ia ficar bonito. Depois poderia contar que li isso foi numa revista qualquer. Aí talvez desse um tom mais realista. Então diria que foi numa revista de moda, sentada eu no cabeleireiro. Aí seria bem mulherzinha. Se dissesse que foi numa Vogue então... uhhhh, calaria qualquer comentário, mas causaria ainda uma impressão um tanto distorcida da minha pessoa (que não é dada a freqüentar “os meios”). Decidi encerrar dizendo que levei uma cantada de uma “mina”. Tinha ela lá os seus setenta anos.

Se essas tais mudanças e recomeços e novas fases e chame como quiser requerem sacrifícios, despedidas e desapegos, então hoje coloquei em prática tudo isso e confesso que chorei. Ele se foi. Na verdade não todo. Comigo ele sempre vai estar (espero eu), mas o que ficou já não é mais o mesmo. Eu sei que o objetivo era esse, mas porque querer ser radical justo quando tem tanta coisa se passando e gerando ansiedade?! Tirou pedaço (me perguntei)? Sim, tirou, ou melhor, tiraram. Mas tem volta? Sim, tem volta (me respondi). Mais uma vez, quem será o único a resolver tudo isso? O Tempo (obrigada novamente, paremos então de brigar). É pouco? Sim, é. Futilidade? Talvez.
Expectativa frustrada, compromissos que aguardam por uma figura sorridente, dinheiro gasto em vão... ah, só quem já sofreu com luzes californianas e um channel indesejado vai me entender (né Vi?).
Próximo post: após ter esclarecido, em termos da psicologia moderna, a dimensão da grandeza significativa atribuída a mudanças capilares femininas.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Hoje posto com pressa

Pierre, como deixar de falar em Pierre (Aiesec)... tudo começou com um e-mail, endereçado pelo dito cujo, “assuntado” WANTED: German speaking trainee with distribution and selling skills! (sim, ponto de exclamação no final). Nem preciso entrar nos méritos do “german speaking”.. já começa por aí, mas a cara de pau respondeu e o resto é uma looonga história (outra hora quem sabe, agora sigo na correria...). Resumindo, 67 e-mails depois (verdade), um vai e vem que não parecia ter fim (shhhh!!) as coisas se encaminharam. Os documentos vieram, o visto foi feito, a passagem comprada e ele SÓ tinha que alugar um lugar pra eu morar, pagar meu seguro saúde (que ressarcirei) e me passar o número da apólice... Não fosse meu último e-mail, em 5 de junho, avisando minha data de chegada, questionando sobre o lugar onde residirei e meu seguro saúde... Pierre se calou. Por onde andará Pierre?

sábado, 7 de junho de 2008

Atrapalhadeta com a maleta...

...às toscas: eis que acordo com um halls na cama, alguém me explica?!
Nem ia contar, mas tendo eu declarado tão seguramente que minha cota pelo dia tinha encerrado ficaram no mínimo cômicos os eventos que sucederam. E os que antecederam também.
Por partes. Bom, tudo encaminhado, visto, passagem, mala... hora de mandar um e-mail para os amigos contando a novidade e começar a armar um biriri para vê-los já que tá tudo indo tão rápido.
UM e-mail? Bobagem. Esperem mais de mim. Escrevi o primeiro, uma trabalheira pra organizar os endereços, nem vou entrar no mérito porque esse processo se repetiu umas quantas vezes (e já aproveito para declarar minha inocência caso alguma mensagem tenha se perdido no cosmos – algumas voltaram, outras nem foram, complexo). Então, no primeiro e-mail faço breve explanação sobre a situação e andamentos dos fatos e mando para a tão elaborada lista. Aí (re)começam os problemas: esqueci de colocar assunto. Fui lá, mandei tudo de novo. Tive que refazer a tal lista, editando um por um os endereços de e-mail. Perfeito. Agora tinha assunto, mensagem, endereço do blog... endereço do blog: eis que a nandinha (obrigada amada) me pergunta no msn “pati, colocou o endereço do blog certo? Não tô conseguindo acessar, acho que blog não tem .br”. Fui (re)reler Não é que a pessoa passou www.patikun.com.br e nem tinha me dado conta, pra mim tava certíssimo... Vamos lá. Mandei outro e-mail (foi mal pessoal ...). Os que não receberam a essa hora já agradecem. Passei a ser spam.

Sigo na releitura do e-mail me dou conta do seguinte: assinei “pati (abolindo o Kun)”. Ah, eu já não vinha curtindo muito, sempre rolava uns trocadilhos, muitos já pensam que meu sobrenome é Kun e não é, é Kunrath e, além do mais, minha irmã falou que tava feio. Concordei. Hora de mudar. Detalhe: percebam o endereço do blog.

...

Ontem finalmente consegui ir na Cultura. Precisava ir lá trocar um vale e já pegar um dicionário, uma gramática, um livro didático, um manual de frases prontas para viagem e qualquer outra coisa que exista em alemão, afinal de contas tenho uns dez dias para aprender a falar essa língua... dá tempo. Falando em tempo, demoreeeeei lá dentro, mas peguei o que eu precisava e fui pagar. Paguei. Putz, carinha essa conta, e essa semana fluiu no desembolso. Paciência. É um investimento. Assim saí de lá tentando me convencer e pensando na conta. ... Livraria por livraria eu teria ido à Saraiva que é beeeemmm mais perto da minha casa. Por que mesmo fui na Cultura?

Segui meu rumo: banco. Mais pagamentos a fazer. Um depósito na verdade. Largo bolsa, casaco, sacola de livros, chave do carro e casa e me boto a preencher o envelopinho. Pego bolsa, casaco, sacola de livros, faço o depósito e vou embora.
Isso me lembra um poema que li uma vez, num site de crítica de arte eu acho, de Elizabeth Bishop: “One Art” (tem tradução também, mas não gostei muito, não é fiel... se bem que nunca são). O poema é massa. Vale a pena.

Foi aí que vim para casa, me concentrei e dei por encerrada a causação do dia. Perceba: do dia.
À noite rolaria toscaria* aqui. A Lú chegou primeiro e fomos ao super comprar umas “coisinhas” e encontrar a Rê. A pauta lotadíssima, como sempre. Já saímos colocando os assuntos em dia. Chegamos lá, pegamos tudo que precisávamos, encontramos a Rê e estávamos prontas pra vir embora... Pôxa, terminar de se arrumar pra sair, pegar as coisas pra levar, mandar uma mensagem no celular, pensar nas compras a fazer, tentar falar com a Rê antes de ir, fazer tudo isso ao mesmo tempo em que fala, fala, fala e ainda lembrar de levar a chave, não né?!

Da última vez que me tranquei do lado de fora acho foi ainda pior. Eu passei em casa correndo pra pegar alguma coisa e ir pra aula de canto (é sério mesmo isso). Subi, entrei, larguei minhas coisas, sei lá eu o que era mesmo que tinha que fazer ou pegar, mas fiz ou peguei. Baita pressa. Atrasada eu. Peguei minhas coisas, já tava saindo e pensei “ah, um desodorante não ia mal né” (ah, depois de um dia inteiro de trabalho – e não! não dava tempo pra banho). Voltei, larguei minhas coisas, coloquei o desodorante e larguei em cima da mesa. Peguei minhas coisas. Quando estava saindo percebi que eu tinha esquecido algo: chave do carro e casa. Voltei, peguei o desodorante e fui cantar.

*Reunião das toscas. Leia-se Lubba, Pati Milho, Rê, Vi e eu.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Agora esperando de menos e correndo demais. Todo final de fase/nível, como queira chamar, é assim. Listas e mais de listas de “por fazer” (apesar de nunca ter sido boa em listas... não lembro ter feito muitas...). Os que mais doem são os “por fazer” que sabemos que não faremos por não termos mais tempo. Os que mais dão trabalho são os que envolvem os “detalhes” de organizar todas as coisas que sentimos. Os que mais geram ansiedade são os que têm prazo e precisam ser resolvidos antes do próximo começo.
Se das outras vezes em que “passei” de fase eu abri meu tabuleiro sem medo foi por inconseqüência, por ser extremamente impulsiva (não que não o seja mais). Quem disser que tudo é divertido, que a expectativa do desconhecido gera nada mais do que felicidade vá me desculpar... deixa pra lá. Gosto muito daquela que diz: “porque rir de tudo é desespero”. Não façamos drama também, nem tanto ao céu, nem tanto à terra, mas hoje digo tranqüilamente que prefiro que a ficha caia antes do que caia depois, aí já é outro cenário.
Bom, já cumpri minha cota de ‘atrapalhamento’ do dia (assim espero), então sigo jogando...
E o tempo voa enquanto eu corro...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Esmigalhei os dedos na porta do carro. Por hoje é isso.

Visto, passagem... quase final dessa rodada, DESSA

04.06 – Acordei cedinho e fui buscar o tal visto. Chuva desgraçada.
No dia anterior eu tinha perguntado se ele seria de múltiplas entradas e me disseram que sim...
Cheguei no prédio. Subi. Chegou minha vez: “você pretende sair da Alemanha nos primeiros noventa dias?” ai, ui. Mal sei eu de hoje, vou saber dos próximos noventa dias. “Qualquer coisa podemos mudar aqui”. Indecisa eu... nã, deixa assim...
Desci. Ah, mas e se eu quiser... Subi.
Tem como trocar mesmo? “Aguarde aí”. Esperei. Ahhhh, de novo, nunca tinha reparado como fazemos isso, o tempo todo... Definitivamente próximo passo: aprender a lidar com isso e com a baixa tolerância à frustração...
Não vai dar, de fato tem que ser uma única entrada para assegurarmos sua chegada, ida no consulado e renovação...okay.
Desci. Única entrada. Eu queria múltiplas. Paciência (mais uma vez guardem as piadinhas para si).

À tarde fui comprar a passagem... uhhhhhhh, o que mesmo eu tô indo fazer na Alemanha?!?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu ia deixar pra ir postando um pouco a cada dia, mas em vista dos últimos acontecimentos não vai dar pra segurar...

Da segunda vez que tirei esse número, lá me fui de novo. Outro contexto, outra proposta.
Se eu fosse falar sobre cada casa, cada passo, cada disputa, aliados e oponentes, e sobre o que me aconteceu até agora nesse jogo maluco eu não vejo como pararia de escrever. Que jogo, seja perdendo ou ganhando, eu gosto cada vez mais.
Lembro de um momento em que estava no alto de uma montanha (não sei se essa é a melhor definição), o dado me deu um carro, parcerias que nem tenho como descrever, um passe para um lado desabitado de uma ilha - reserva ambiental - e uma estrada que levava até o topo. Lá em cima, ao lado dessas pessoas que jamais esquecerei (a energia que trocamos pra sempre vai estar e que com certeza ajudaram a mudar completamente a posição que eu ocupava), conseguíamos ver as luzes da cidade do outro lado do mar. Claro tomamos ceva (até então eu não gostava – difícil acreditar, mas era o que a casa oferecia, era o mais barato) e assim por diante. Olhando aquele lugar, a natureza de um lado, puro silêncio, escuridão total, apenas nós e a cidade do outro, iluminada e agitada, com seus carros e pessoas jogando sem parar, muitos sem pensar, me lembro que senti que havia algo muito maior “lá fora”, tentei explicar, talvez até hoje não consiga, parecendo louca (o que já não impressiona mais), foi só isso que consegui dizer. Sei que tem alguma coisa muito maior, está em algum lugar por aí e é grande, grande mesmo (dispensar a malícia). Senti. Não fui a única. Real.
Depois separação. Algumas foram antes, na verdade a maioria, eu fui depois e ainda teve os que ficaram lá. Que viagem. Literalmente. A história da minha vida.

Agora lá vou eu de novo. Parei na casa da profissão, uma foi designada, mas ainda tenho muito por onde passar. O emprego, seguiu a rodada e até chegar na minha vez demorou. Tinha decidido que uma vez terminada a fase da faculdade eu iria de novo, aquele número tinha que sair. Enrolado.

Tentei chegar na bolsa de pós. Nã nã nã, pulei por cima, mas tentei bastante, vários números pequenos, mini passos, cheguei na frente dela e não caiu o valor exato. Plano B.
Vou então pra trabalhar.

Um ano e meio mais ou menos na função direta, vinte e quatro anos na expectativa e ainda vem me dizer que preciso aprender a lidar com a ansiedade?!?! Acho que ando fazendo um bom trabalho. Tá, posso melhorar, vou tentar cair nessa casa também. Não se passa simplesmente por uma casa, tem que se conhecê-la, algumas demoram mais, outras menos. Algumas conhecemos superficialmente, outras mais a fundo e ainda tem aquelas em que vamos só de passagem ou pulando rapidamente sem receber nenhum bônus previsto ou até perdendo. Mas é assim.
Dependemos também de outros jogadores: negociações, trocas, suporte etc e tal.

Agora vou para a Alemanha. Estou revendo o tabuleiro, algumas peças serão as mesmas. Me parecia óbvio, se eu não caísse na casa da bolsa eu cairia nessa casa do intercâmbio. Foi o que aconteceu: perdi uma, ganhei outra e aos poucos tudo se encaixa e começa a fazer sentido. Eu estava esperando esse momento chegar, sabia que iria entender. “Sorte” nos dados. Plano B desde o início (e faz tempo, muito mais do que eu pensei que levaria).

Ô, tempo. Como deixar de falar nele... mas por hora deixarei, questão por demais subjetiva e das que mais me ‘prendem’ , já falei antes, minha visão é muito clara. Eu e eu mesma estamos muito bem entendidas. Só o que quero dizer dessa história é não sei como acaba e quando descobrir já não poderei mais contar... mas agora, suficiente sobre isso, quero ser objetiva.

Hoje fui fazer meu visto. Duas idas prévias ao consulado (nem lembro quando), muitas dúvidas e mais esperas.
Li certa vez: “... uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar...”. Tive que concordar.
Da primeira vez que fui – apenas perguntas, dúvidas e mais dúvidas e início de uma má impressão... deixa pra lá...
Da segunda já fiquei mais tranqüila, faltava “só” mais um doc e em um ou dois dias ficaria pronto o bendito, até aconselhada fui, que evolução.
O documento chegou, somado aos demais vi que cada um trazia uma data e validades diferentes, meu aniversário errado, mas nada de pânico, tudo vai dar certo, eu sei, e de qualquer forma chegando nas Deutschlândia eu terei que ir ao consulado de qualquer forma prorrogar o visto. Aqui só emitem por três meses.
Subi. Cheguei no consulado toda faceira, agora vai, se não fosse era sentar e chorar...êta processo longo e demorado.
A moça tinha pedido duas vias de cada documento. Fiz três. Pra garantir.
Entreguei tudo, e obviamente eu tinha esquecido de copiar três deles. Deixei meu celular lá e me toquei pro xerox mais próximo. Xerox – R$ 2,60. Fala sério.
Desci. Subi. Agora sim. Alles in ordnung. (uuuuuuhh – deve estar errado isso). “Senta e espera a ‘análise’”.
Esperei. Conta uma novidade agora.
Prontito. “Ligaremos ao longo da semana”.
Desci. Fui embora. No meio do caminho... vão ligar como se não dei meu número?! Voltei.
Subi. Décimo primeiro andar, a pessoa já causando no consulado. Paga vale, óbvio que eu tinha posto o telefone em um dos formulários e não me liguei.
Fui embora. Putz! Deixei o número fixo, nunca to em casa, e agora?!? Voltei. Não rendeu.
P.S.: que moça simpática, adoro.
Quem mando eu ser tão desligada...
Vim pra casa. O que fazer? ....

... Essa semana ficarei, ou melhor, deixarei alguém de molho ao lado do telefone, mandando vibrações “toca, toca, desgraçado”... e não, não tô esperando nenhum bibo ligar. Ó céus, é o consulado mesmo (quem mandou não dar o número do celular... é que sou difícil bem... e não tinha bebido).
Passagens já em andamento... queria meu irmão visitar – em Boston – a pessoa perde a noção, quer e acha que pode tudo, me parece que terei que deixar esse plano pra depois, uma coisa de cada vez, agora preciso é chegar nas Európia.

Surgiu uma idéia melhor. Meu pai trouxe uma secretária eletrônica pra casa. E viva a modernidade (sim, pra mim ter secretária eletrônica, aparelho de fax e scanner é pra frentex).
Resumo agora: aula de canto, não deu muito certo, to toda errada da garganta, ando fazendo fiasco (da última vez eu não sabia o repertório... ah, não deu tempo de estudar). Casa. Um recado piscando na moderna secretária. Tá pronto, pode vir buscar. Amanhã pego meu visto.
Sim. Agora vou pra Alemanha! Dortmund.

p.s.: nesse processo todo quase fui parar em Lajeado, mas sou brasileira e ... (essa é outra história).
Quando tirei o número mais alto no dado primeiro (o dado numerado – eu deveria ter explicado isso antes) e a indicação da troca de tabuleiro no segundo (eles combinados oferecem infinitas possibilidades) não lembro exatamente o que pensei e nem o que senti (na verdade não lembro hoje o que pensei ontem e provável não saberei amanhã o que sinto hoje).
Mas fui lá, somei o bônus aos extras que eu já tinha recebido, coloquei numa mochila (na verdade era uma mala, pois jogando tanto tempo a gente vai acumulando, difícil desfazer) e lá me fui.
Parênteses: gosto de parênteses.

Quinze anos tinha eu. Pra longe fui. As pessoas que jogaram comigo durante anos não puderam acompanhar, mas conheci tantas que me ajudaram a enxergar novas regras, novas formas de encarar essa partida que entendi que não teria mais volta, entendi que tudo passa, sempre passa, e que não importa pra onde vá e quem encontre eu estarei sempre com saudades. Que bom. Vivo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Impressionada ainda fico hoje em ver por quantas fases já passei. De algumas saí muito bem, em outras tive pontos perdidos, mas o saldo nunca foi pro negativo. Acredito.
Muitas pessoas já jogaram comigo, algumas seguem, outras aparecem de vez em quando, vão e vem e tem ainda aquelas que recolheram suas peças ou fecharam suas caixas, mas seguem por aí, inevitavelmente tendo influenciado na direção dos meus movimentos. Obrigada.

domingo, 1 de junho de 2008

Não cheguei a pensar uma estratégia, mas fui passando de fases e aos poucos comecei a entender que melhor ficaria se viessem jogar comigo. Isso não desmereceria meus passos, nem faria com que deixasse de ser meu jogo, muito menos impediria de eu andar com meu peão por onde quisesse dentro dos limites apontados pelos dados, pelo contrário, isso tornaria simplesmente muito mais divertido. Cada um traria seu próprio kit. Faz sentido.