terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu ia deixar pra ir postando um pouco a cada dia, mas em vista dos últimos acontecimentos não vai dar pra segurar...

Da segunda vez que tirei esse número, lá me fui de novo. Outro contexto, outra proposta.
Se eu fosse falar sobre cada casa, cada passo, cada disputa, aliados e oponentes, e sobre o que me aconteceu até agora nesse jogo maluco eu não vejo como pararia de escrever. Que jogo, seja perdendo ou ganhando, eu gosto cada vez mais.
Lembro de um momento em que estava no alto de uma montanha (não sei se essa é a melhor definição), o dado me deu um carro, parcerias que nem tenho como descrever, um passe para um lado desabitado de uma ilha - reserva ambiental - e uma estrada que levava até o topo. Lá em cima, ao lado dessas pessoas que jamais esquecerei (a energia que trocamos pra sempre vai estar e que com certeza ajudaram a mudar completamente a posição que eu ocupava), conseguíamos ver as luzes da cidade do outro lado do mar. Claro tomamos ceva (até então eu não gostava – difícil acreditar, mas era o que a casa oferecia, era o mais barato) e assim por diante. Olhando aquele lugar, a natureza de um lado, puro silêncio, escuridão total, apenas nós e a cidade do outro, iluminada e agitada, com seus carros e pessoas jogando sem parar, muitos sem pensar, me lembro que senti que havia algo muito maior “lá fora”, tentei explicar, talvez até hoje não consiga, parecendo louca (o que já não impressiona mais), foi só isso que consegui dizer. Sei que tem alguma coisa muito maior, está em algum lugar por aí e é grande, grande mesmo (dispensar a malícia). Senti. Não fui a única. Real.
Depois separação. Algumas foram antes, na verdade a maioria, eu fui depois e ainda teve os que ficaram lá. Que viagem. Literalmente. A história da minha vida.

Agora lá vou eu de novo. Parei na casa da profissão, uma foi designada, mas ainda tenho muito por onde passar. O emprego, seguiu a rodada e até chegar na minha vez demorou. Tinha decidido que uma vez terminada a fase da faculdade eu iria de novo, aquele número tinha que sair. Enrolado.

Tentei chegar na bolsa de pós. Nã nã nã, pulei por cima, mas tentei bastante, vários números pequenos, mini passos, cheguei na frente dela e não caiu o valor exato. Plano B.
Vou então pra trabalhar.

Um ano e meio mais ou menos na função direta, vinte e quatro anos na expectativa e ainda vem me dizer que preciso aprender a lidar com a ansiedade?!?! Acho que ando fazendo um bom trabalho. Tá, posso melhorar, vou tentar cair nessa casa também. Não se passa simplesmente por uma casa, tem que se conhecê-la, algumas demoram mais, outras menos. Algumas conhecemos superficialmente, outras mais a fundo e ainda tem aquelas em que vamos só de passagem ou pulando rapidamente sem receber nenhum bônus previsto ou até perdendo. Mas é assim.
Dependemos também de outros jogadores: negociações, trocas, suporte etc e tal.

Agora vou para a Alemanha. Estou revendo o tabuleiro, algumas peças serão as mesmas. Me parecia óbvio, se eu não caísse na casa da bolsa eu cairia nessa casa do intercâmbio. Foi o que aconteceu: perdi uma, ganhei outra e aos poucos tudo se encaixa e começa a fazer sentido. Eu estava esperando esse momento chegar, sabia que iria entender. “Sorte” nos dados. Plano B desde o início (e faz tempo, muito mais do que eu pensei que levaria).

Ô, tempo. Como deixar de falar nele... mas por hora deixarei, questão por demais subjetiva e das que mais me ‘prendem’ , já falei antes, minha visão é muito clara. Eu e eu mesma estamos muito bem entendidas. Só o que quero dizer dessa história é não sei como acaba e quando descobrir já não poderei mais contar... mas agora, suficiente sobre isso, quero ser objetiva.

Hoje fui fazer meu visto. Duas idas prévias ao consulado (nem lembro quando), muitas dúvidas e mais esperas.
Li certa vez: “... uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar...”. Tive que concordar.
Da primeira vez que fui – apenas perguntas, dúvidas e mais dúvidas e início de uma má impressão... deixa pra lá...
Da segunda já fiquei mais tranqüila, faltava “só” mais um doc e em um ou dois dias ficaria pronto o bendito, até aconselhada fui, que evolução.
O documento chegou, somado aos demais vi que cada um trazia uma data e validades diferentes, meu aniversário errado, mas nada de pânico, tudo vai dar certo, eu sei, e de qualquer forma chegando nas Deutschlândia eu terei que ir ao consulado de qualquer forma prorrogar o visto. Aqui só emitem por três meses.
Subi. Cheguei no consulado toda faceira, agora vai, se não fosse era sentar e chorar...êta processo longo e demorado.
A moça tinha pedido duas vias de cada documento. Fiz três. Pra garantir.
Entreguei tudo, e obviamente eu tinha esquecido de copiar três deles. Deixei meu celular lá e me toquei pro xerox mais próximo. Xerox – R$ 2,60. Fala sério.
Desci. Subi. Agora sim. Alles in ordnung. (uuuuuuhh – deve estar errado isso). “Senta e espera a ‘análise’”.
Esperei. Conta uma novidade agora.
Prontito. “Ligaremos ao longo da semana”.
Desci. Fui embora. No meio do caminho... vão ligar como se não dei meu número?! Voltei.
Subi. Décimo primeiro andar, a pessoa já causando no consulado. Paga vale, óbvio que eu tinha posto o telefone em um dos formulários e não me liguei.
Fui embora. Putz! Deixei o número fixo, nunca to em casa, e agora?!? Voltei. Não rendeu.
P.S.: que moça simpática, adoro.
Quem mando eu ser tão desligada...
Vim pra casa. O que fazer? ....

... Essa semana ficarei, ou melhor, deixarei alguém de molho ao lado do telefone, mandando vibrações “toca, toca, desgraçado”... e não, não tô esperando nenhum bibo ligar. Ó céus, é o consulado mesmo (quem mandou não dar o número do celular... é que sou difícil bem... e não tinha bebido).
Passagens já em andamento... queria meu irmão visitar – em Boston – a pessoa perde a noção, quer e acha que pode tudo, me parece que terei que deixar esse plano pra depois, uma coisa de cada vez, agora preciso é chegar nas Európia.

Surgiu uma idéia melhor. Meu pai trouxe uma secretária eletrônica pra casa. E viva a modernidade (sim, pra mim ter secretária eletrônica, aparelho de fax e scanner é pra frentex).
Resumo agora: aula de canto, não deu muito certo, to toda errada da garganta, ando fazendo fiasco (da última vez eu não sabia o repertório... ah, não deu tempo de estudar). Casa. Um recado piscando na moderna secretária. Tá pronto, pode vir buscar. Amanhã pego meu visto.
Sim. Agora vou pra Alemanha! Dortmund.

p.s.: nesse processo todo quase fui parar em Lajeado, mas sou brasileira e ... (essa é outra história).

2 comentários:

Luciana Saraiva disse...

Amaaada! Adorei isso!
Tô tão feliz com todas as novidades que nem parei pra pensar ainda na tristeza que vai ser não te ter aqui por perto. Mas vai durar pouco, em breve a gente vai se reencontrar na Europa, muito chiques, num pub (ui, ui, uuuui), tomando uma cevinha brow.
Te falei que tudo ia dar certo... tem muita gente que te ama torcendo por ti, não tinha como dar errado!
Bom, esse é só meu primeiro comentário por aqui...prometa atualizações frequentes e não nos mate de curiosidade!
Beijão!

Eu Sou de Falar disse...

Patiiiiiiii!!!

Minha lindonaaaaa!
Tenta escrever sempre que estaremos aqui sempre acompanhando!

quero saber de tuuuudo!

Um beijo grande!!!!!!